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Agora sou esposa, mãe, completa! Mas continuo minha... Sempre!
Com o Luís de férias há que tirar uns dias dessas férias para por as visitas familiares em dia. Pegar na "burra", no cão e nas malas e 'bora até à Capital ver como estão os familiares.
Tinha prometido a mim mesma, no que toca à parte paterna e materna, só ir lá para Outubro ou Novembro tal são os nervos que se apoderam de mim de cada vez que lá vou. Ao fim de 17 anos de convivência com os meus pais na mesma casa e mais 6 em que só os vejo uma vez por mês chego à conclusão que realmente são duas pessoas completamente diferentes do que foram.
A minha mãe, sempre neurótica com as limpezas e perfeita arrumação do espaço Lar, está cada vez mais desorganizada. Frigorifico vazio, louça em cima da mesa por lavar e um estado de alma "Vai andando que eu vou quando me apetecer". O meu pai sempre tão cuidadoso comigo e agarrado à família tornou-se num ser dedicado aos 5 minutos: "Cinco minutos para te ouvir, cinco minutos para te ver, cinco minutos e tenho de me ir embora".
Vim para casa remoendo questões. As pessoas mudam assim tanto ou já eram assim mas estavam "escondidas"?
A minha madrasta - com mais 9 anos apenas que eu - tem sempre uma dor de cabeça ou neura que se lhe apega ao corpo fazendo tudo por tudo para arranjar confusão de forma a que o meu pai nem sequer jante connosco. Meteu na cabeça que tenho algo contra ela. Mesmo que lhe ligue pessoalmente para nos encontrarmos ao jantar, para que traga os filhos para os vermos, consegue enrolar as coisas de uma forma tal e qual um novelo que mais tarde se transforma em novela. Novela essa originária do México.
O meu pai viveu na casa dela durante uns tempos mas achando que não tinha condições e tendo um T4 desabitado e completamente novo para viver decidiu levá-la e aos filhos para esse apartamento. Casa essa em que vivi até à separação dos meus pais e que considerava minha. Fiquei feliz pois claro. O meu pai sofreu tanto, e apesar de também eu ter sofrido tanto com a minha mãe como com ele, achei sempre que cada um merecia ser feliz e se ele achava que a Ana era a pessoa indicada para ele e porque sempre gostei dela, apoiei a decisão dele. Para mim aquela casa é o lar dele, dela e dos filhos dela que quando viram uma banheira grande e que poderiam ter um quarto para cada um foi como que um sonho daqueles da televisão realizado. Para mim aquela casa é deles e não mais minha. Para mim tudo isso encaixa perfeitamente na minha cabeça. Mas para mim não consigo conceber como as pessoas mudam só por subirem um pouco na vida. De passar de um ford fiesta que pode ficar a meio caminho para um mercedes que nunca deu problemas. Na minha cabeça deixou de ser importante o que vivi ali, cresci e pouco mais se poderia fazer felizes mais pessoas incluindo duas crianças. Mas não me atirem areia para os olhos porque eu uso lentes de contacto e isso doi um bocadinho.
Conclusão: mandei para trás das costas uma casa que não quis por opção. Não preciso que me agradeçam, tudo muito bem. Mas não me lixem. Quem quiser fique por casa, não se é obrigado a jantar comigo se não se quiser. Mas pelo menos deixem vir o homem que possui o par de tomates que me fez porque às vezes também preciso de colo.
E fico triste porque o meu pai sempre foi um pau mandado das mulheres e para agradar-lhes consegue anular-se a si mesmo e à propria filha. Sempre assim o foi.
A minha avó deu numa de mimada o tempo todo - apesar de eu achar muito bem que todos nós se chegarmos aos 80 anos e fartos de trabalhar que nos podemos dar ao luxo de querermos ser mimados e querer que as nossas vontades sejam feitas na hora - e conseguiu fazer-me pensar que sou má neta por possuirmos um carro comercial com apenas dois lugares em que ela não pode passear a qualquer lado connosco. Sinceramente acho que deveria estar grata por termos um carro, principalmente um carro pago, que não dá problemas e o qual não pedimos dinheiro para o sustentar ou pagar mensalmente a ninguém.
Quanto à minha mãe, após a 105945763ª discussão com o Paulo, estava tudo de trombas. Ela não consegue aguentar a rotina diária na sua vida e culpa o companheiro. As filhas deste por sinal dão montes de problemas pelo que o homem não sabe para que lado se virar.
E eu faço o Luís de taxista para visitar estes três que se comportam como se lhes dá na telha. Sei que já não precisam de cuidar de mim e que eu própria mostrei isso ao sair de casa mas todos os filhos precisam de sair de casa e eu cá tive as minhas razões para o fazer mais cedo que os outros.
O unico bocadinho em que me senti eu foi na visita à Dona Orlanda que me ouve e ouve e ouve e é sempre igual a ela mesma e à minha irmã que está sempre de bem e fica feliz por mim. Pena é a que tenho de ser sempre com os que estão de bem com a vida aqueles com quem passo menos tempo e talvez precisassem de me ver mais vezes. Enfim... sempre fiz escolhas estranhas e o tempo tanto meu como dos outros é sempre escasso.
No meio disto tudo a unica pessoa a quem agradeço a paciência infinita é ao Luís que apesar do meu feitio e o dos outros encaixa em todas as situações como se soubesse sempre o que vai acontecer de seguida preparando-se, deixando-se ficar na dele, ouvindo daqui e dali, sorrindo qual Mister Universo e acenando cumprimentos como o Rei de Inglaterra passeando no coche pela cidade em festa.
Pelo que a minha visita à cidade foi encurtada por um dia pois eu estava desejosa de chegar a CASA e finalmente poder andar em cuecas e ser eu mesma. Andar a passarinhar de esfregona na mão e dizer as bacoradas que bem entender.
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Àquela pessoa que também tenho imensas saudades e que há que tempos que não vejo - a minha cagalhona pequena - por estar num campo de basquete no Algarve, mando dezenas de beijos e abraços por ser tão linda e ter tempo de sobra para começar a viver esta vidinha tão complicada. A minha sobrinha.
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E agora que já desabafei vou com o cão à Junta de Freguesia para o registar pois se antes não queria sair daqui da terra, agora então tenho mesmo a certeza que ficamos todos aqui muito bem. Se pudesse até a mim me registava qual canito remeloso.
Apresento-vos um dos melhores amigos do Luís...
O Ruca!
O Ruca é um burro - como já deu para reparar - mirandês apesar da pelagem dele estar a cair... O Ruca é um burro tolo que se rebola na terra para tirar piolhos e carraças. O Ruca come melâncias e faz muito barulho. O Ruca é um burro que não faz juz ao nome... Uma vez que não anda se nos montarmos nele...
Chamem-lhe... Burro!
É um gordo!
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Este é o Tuba-Rão...
Depois de uma tarde de pescaria, ganhei ao Luís não em quantidade mas em peso com este menino... Foi devolvido ao lago com os restantes manos, obviamente - Não vá a PETA vir aí...
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E pronto passo os dias Alentejanos assim...
Voltem férias! Estão perdoadas!!!
Ora... Aproveitando o facto de ter estado ausente uma série de tempo - um mês? dois? - e porque a minha irmã me pediu - assim a modos que com jeitinho - resolvi vir aqui postar uma poiazita à minha maneira e dar um empurrão ao que a mana pedinchou.
Em jeito de resposta ao Kai:
Ele foi-se embora... Mas só naquele dia porque depois voltou, obviamente. e as coisas têm corrido bem - pelo menos eu acho que sim - tirando o meu mau feitio matinal e nocturno.
Os dias no trabalho são o que se pode chamar apocalipticos. É tudo rotineiro e se não fossem duas ou três pessoas eu já teria cometido um homicidio colectivo ou no mínimo dos mínimos cortado os meus próprios pulsos para não sofrer mais.
Lembram-se da Psico?
Eu lembro. TODOS OS DIAS! Que saudades!
Lembram-se de como ela era?
Eu tenho uns 50 iguais a rodearem-me...
Vendo bem... Acho que os dias de trabalho na Faixa de Gaza eram mais pacíficos... Neste momento trabalho numa empresa que só lhe posso chamar IRAQUE!
"Impresa" Ruim de Atacantes de "Qalças" (de ganga) Unificada Eternamente...
Estive 5 dias de férias - não tinha direito mas como todos os que entraram um mês antes de mim já gozaram mais de 15 dias eu resolvi pedinchar também.
O meu chefe não mos quis dar... Mas quando não se consegue beber água do riacho vai-se à nascente e assim lá fui eu falar com outro chefão... E fui de férias.
Certo e sabido que rejuvenesci... Para envelhecer logo no dia em que regressei ao trabalho.
Chego a casa sem vontade de nada, nem de comer... Apesar de estar gorda que nem uma vaca leiteira em época de abundância de erva.
Continuo pobre e a contar os tostões mas quem não nasce rico sempre pode tentar virar o cu para a lua quando esta está cheia... E isto soou um bocado mal mas que se lixe...
As miúdas estão boazonas e malcheirosas como sempre. Há coisas que não mudam.
A Pamir andou uns dias desaparecida e lá veio com uma mamonas enormes e um cagueiro de quem andou no bem bom. Ou seja deve estar prenhissima.
A minha mãe vai casar - contra vontade dela (?) - e eu a pensar no que vou levar vestido...
E pronto tirando os meus fins de semana passados Alem do Tejo, onde recupero energias, a minha vidinha insignificante de ser pobre e de mau feitio resume-se a isto nos tempos que correm.
Espero voltar à carga ao meu blog nem que seja para falar de trabalho como sempre mas pelo menos escrevo uma porcaria qualquer...
Até já!
Ah... O pedido da minha irmã fica para o post seguinte...
E batendo palmas, movendo a anca, vou para a cama porque estou oficialmente de "férias"...
Que fiz eu nestes 9 dias?... Hum... Alguma coisa...
Foram apenas 9 dias mas pareceram muitos mais mas mais uns tantos sabiam mesmo bem para descansar das ferias... Ou seja férias para descansar das férias...
Como prometi a mim mesma, dei um salto até terras Algarvias. Fui no Sábado, cheguei na Terça. Comprámos a tenda e os sacos-cama faltavam 5 min para o comboio partir. Correria até à carruagem... Na hora de tirar os sacos-cama vimos que mediam 1,30m... O que nos serviu de lição... Para a próxima comprar com antecedência! A tenda foi uma optima compra. Grande e tal e com cores simpaticas! (Mulher que se preze tem de gostar as cores da "casa" e da sua textura...).
Bom o que é certo é que foram 3noites e 4dias alucinantes para mim. Dancei até os joelhos não poderem mais, comi muito bem, apanhei sol, muito sol, ri-me, fiz compras e acima de tudo recarreguei um novo "programa" que instalei na minha "machine cerebral": "A SUA VERDADEIRA ESSENCIA". Descobri-me lá em baixo.
Conheci montes de pessoal, uns até daqui de perto, outros da minha terra, pessoal dos Açores, Porto... Todo o lado! Numeros de telefone trocados e um dia cafezinho!
Divertimo-nos, curtimos as noites, adorámos dizer "não quero, não me apetece, não me parece, não creio e lamento, juntamente com temos pena!" e assim vim eu para cima com o ego mais elevado que um leão em época de acasalamento. Não porque o fiz mas porque disse "NAO! Mereço bem melhor que tudo isto que vejo".
E quem nao quiser... TEMOS MUITA PENA!
Finalmente! A chave da minha casa vem aí este fim de semana ou no inicio da proxima... É so mudar os tarecos mais uma vez et voilá, finalmente em casa!
As miudas ficaram com a D. Tina e se continuam a comer assim, um dia terei de arranjar um carrinho para as transportar. Estão bem educadas claro, mas mimadas com gulodices!
Como os miudos apanham piolhos, eu tive a fase das pulgas com elas... A casa ficou minada e como é em alcatifa, bem se pode imaginar... Andei com o Sr. Augusto em calçoes e descalços, máscaras na cara e de regador em riste, a exterminar as malditas... Vamos a ver no que dá... Como elas estão confinadas apenas à cozinha e lá não há, estão limpinhas. E porque o Frontline resulta!... (E eu a dar na publicidade!)
Continuando com a saga da casa, tenho de ver o que pintar. Ando a fazer muitos planos e nem sei por onde começar. Mas cada vez mais me sinto orgulhosa do espaço que vou criar e que ainda nem comecei.
Fartei-me de gastar dinheiro e tenho um peso de consciência ENORMEEEE!
Amanhã é dia de trabalho e como ninguém me ligou a dar novidades, nada de especial deve ter acontecido.
Bem basicamente foi isto que fiz... Exterminar pulgas, ir a praia aqui, sair com pessoal, dançar, Algarve, gastar dinheiro...
Se gosto de mim? MUITO!
Deixo-vos com a Banda Sonora das minhas férias:)
Finalmente Sábado!!! Ando sem computador no trabalho e não tenho tido tempo de postar qualquer coisita...
Também não há assim grandes novidades. Tenho ido à Amadora todos os dias depois do trabalho, estou lá com elas nos miminhos e depois venho para casa.
Já nos mudámos todos para o escritório novo e se antes era uma seca agora estou no meio da parvalheira sem MB perto, sem lojas para ver, nada... Ontem não tinha chaves e nem pude ir almoçar.
Na verdade não tenho comido nada de jeito. Ando à base de água e nicotina. Quando cair para o lado caio de vez. Sinto-me fraquita mas pode ser que nas férias isto vá ao sitio...
Quero mesmo férias. Estar esparramada ao sol, na praia, a fumar o meu cigarrinho, com amigos, a anhar. Deitar-me tarde... Discotecas, muita noite... Espero estar já na casa permanente quando estiver de férias... Espero mesmo...
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Quanto a ti, como não sei que pretendes mantenho-me na plateia... Eu nem sou de cá... Só vim ver a bola...
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