
Depois de almoço, há uma certa necessidade dentro de mim para escrever. E depois do cafézinho e do cigarrinho, depois de olhar para a pilha de coisas que tenho para fazer urgentemente, em cima da secretária - pensando que se não as fizer posso voltar à caixa do PingoDoce - crio uma sensação de impotência femininamente taurina que se me escorre desde os neurónios até ao intestino grosso. Então pego numa revista e enfio-me na WC do escritório a esvaziar os meus preconceitos, os meus problemas existenciais e quaisquer problemas "esquizo" que possa ter. Escrever é o mesmo... Fico liberta de qualquer sensação de aperto no estômago...
Olhei para o velhadas do meu colega e pensei que se também ele tivesse um blog para escrever o que lhe vai na alma, o pobre não teria um feitio de merda e um ar de macho a quem lhe enfiaram um pepino no cu e uma vareta de aço pela uretra acima!